11/10/2012
Quando a ansiedade deixa de ser natural e passa a comprometer a saúde do fera
Ficar nervoso em momentos de cobrança excessiva ou ansioso com a proximidade de uma data decisiva da vida está na natureza de todo ser humano. Essa característica biológica, porém, torna-se preocupante quando deixa de ser natural e passa a comprometer a saúde física e mental da pessoa. No caso dos estudantes que vão prestar vestibular, a situação pode ser agravada pela imaturidade emocional própria da adolescência.
"É um ano de muita responsabilidade para os adolescentes. Não é o último ano decisivo da vida deles, mas eles acham que vai determinar suas vidas", explica a psicóloga escolar, Liana Feldman. "Aos 16 e 17 anos, nem sempre o jovem tem maturidade para sustentar essa pressão", complementa.
O nível de estresse não é o mesmo para cada aluno do 3º ano, pois depende do seu equilíbrio emocional e do que se passa em seu mundo íntimo. Alguns somatizam, outros não. A carga intensa de atividades, que incluem colégio, matérias isoladas, curso de línguas ou esporte, naturalmente, geram estresse. No entanto, "se o estudante ficar focado nas atividades do colégio, estudar em casa, fazer uma atividade física e dormir bem vai sofrer menos o impacto da ansiedade", aconselha a psicóloga do ensino médio do Colégio Motivo.
A profissional alerta que é preciso tomar cuidado quando a ansiedade, o medo e o nervosismo gerados pela pressão do vestibular tornam-se excessivos. "É preocupante quando passam para o corpo e se transformam em sintomas", esclarece. Entre os sintomas provocados estão dor de cabeça, fadiga, baixa imunidade, alergias, queda de cabelo, gastrite, doenças de pele, insônia ou sono alterado. Liana Feldman alerta que quando atinge esse estágio, o jovem já está precisando de acompanhamento terapêutico.
Para evitar chegar a esse ponto, os vestibulandos precisam organizar seu tempo tanto na vida escolar, quanto afetiva, social e psicológica. "Há alunos que viraram madrugadas estudando ao longo do ano e não conseguiram nem fazer a prova de tanta ansiedade", lembra. A psicóloga orienta que o ideal é estudar entre 3 e 5 horas por dia com um dia de descanso na semana.
Fonte: NE10
Publicado em 08.10.2012